quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

O Sabor... que não é vida!




O sabor amargo do desejo que não é o meu...
Não me permito sentir...
A tristeza que se instalou por vários dias...
Pertence ao meu próprio eu...
E vai continuar por mais dias...
Até que eu volte a existir...

Não consigo ser igual a tudo que vejo...
Talvez seja louca por ser diferente...
Não quero ser o que não sou...
Não posso ir de encontro a minha natureza...

Nasci por um motivo concreto...
Não vou caminhar por caminhos abstratos...
Não perdi a vontade de recomeçar...
Não quero nada novo que não seja original...

Quero continuar ouvindo minhas sonatas...
Meus prelúdios...
Meus adágios...

Com todas as minhas dificuldades...
E com todas as minhas alegrias...

Quero deixar minha alma livre...
Para que ela voe na direção da musica da vida...

Quero de volta o meu entusiasmo
de ver o céu bordado de estrelas...
Quero de volta o meu silêncio que
me faz ouvir as minhas certezas...

Não quero que minha alma se distancie...
A quero de volta no meu corpo...
Sem pressa de momentos que já
sei que não vão acontecer...

Mas...

A quero como sempre foi...
Cheia de esperanças e sorrindo...

Quero entender a minha vida antes da minha morte...
Não quero ir tão longe ao ponto de guerrear comigo mesma...
Não quero ter visões, nem dores...
Quero logo identificar o que está a minha frente...

Não vou sair de onde estou...
Não vou seguir ordens nem regras...
E nada tem o poder de me forçar a algo fazer...

Estou orgulhosa de mim...
Estive todo o tempo comigo mesma...

Não estou atrás de paredes nem de muros...
Vejo muito bem meu jardim interno...

Nele...

Florescem flores ainda não vistas...
Com perfumes ainda não sentidos...
Com cores que só Deus conhece...

Nele...
Chove muito...
Sinto o cheiro da terra que me dá prazer...

E me sinto VIVA!!!

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